Vila Gale Collection Ponte de Lima

Estadia de uma noite – suficiente para uma pequena aventura molhada Ficámos uma noite no Vila Galé de Ponte de Lima (05-06/07) e, apesar do nome romântico e da paisagem bucólica, a experiência teve tanto de curiosa como de molhada. O hotel está inserido numa quinta, o que é ótimo… desde que não chova. Quando chove, preparem-se para uma espécie de rally tropical entre edifícios — sem guarda-chuva incluído. À chegada (por volta das 17h), o quarto ainda não estava pronto. Um clássico. Felizmente, ofereceram-nos uma bebida no bar enquanto esperávamos, o que soube bem e evitou um motim no lobby. Os corredores dos quartos são um verdadeiro sauna tour. Calculo que estejam a tentar poupar na luz mas compensem com calor humano… muita. Pena das funcionárias da limpeza, que provavelmente fazem cardio só de empurrar o carrinho ali dentro. Pontos positivos: o jantar estava bom, a piscina interior também agradou. Agora, a piscina exterior… bom, preparem-se para uma espécie de “batalha das espreguiçadeiras”. Poucas para a quantidade de hóspedes e, para os que pensam em estender uma toalha na relva… surpresa! Não há relva. O pequeno-almoço foi um regresso à normalidade: bom, variado e sem surpresas, o que já é meio caminho andado para se começar o dia sem ironias. Em resumo: não é mau, mas é daquelas experiências que dependem (muito) do tempo. Com sol, talvez voltasse. Com chuva? Só se oferecerem guarda-chuva e botas de borracha à entrada.

Positivo: Arquitetura de dar nas vistas e decoração original de bom gosto, com áreas de circulação bem conseguidas.
Boa piscina com excelentes espreguiçadeiras, a permitir razoável distribuição das pessoas, embora com escassez de lugares para dias com mais clientes.
SPA com boas instalações e ginásio bem equipado. Jardins e vegetação com nota máxima, fantásticos. Bonita paisagem para extensos vinhedos bem tratados. Um staff de nota muito positiva, mas a Joana e o Sr. José, impecáveis nos pequenos-almoços, ajudaram a melhorar o desastre do dia seguinte. Negativo: Quarto 224 minúsculo e não adequado a um 4 estrelas, sem mesas de cabeceira, obrigando ao uso do chão para o telefone, comando da tv e do ar condicionado. Cama colocada no centro do quarto com o ar condicionado a soprar por cima das pessoas e sem alternativas: ou gelados com vento ou a transpirar com o aparelho desligado. Camas duríssimas com colchões ortopédicos da pesada, têxteis fracos e almofadas a melhorar. O pior (que é fácil melhorar), as cozinhas e os serviços do pequeno-almoço: um desastre. Apesar de ter uma lista a permitir boas escolhas, as pizzas do Massa Fina eram cruas e sem nota positiva. O desastre total foi o pequeno-almoço do dia seguinte: pão fraco completamente congelado, congelado mesmo em pedra, que os clientes cortavam com uma boa faca e introduziam numa minúscula torradeira tipo caseiro, imprópria de um hotel; ovos mexidos secos; para conseguir duas fatias de bacon, houve que esperar 10 minutos; mel industrial em godés; fiambre e queijos do mais fraco do mercado; pratos vazios por todo o lado com reposição demorada; croissants e caracóis crus, vendo-se que entraram e saíram de um forno pouco quente. Muito afastado de Ponte de Lima (24 quilómetros), isolado no meio do campo. Todavia, é um hotel muito bonito que agrada a quem chega, sendo óbvia a expectativa de que os aspetos negativos possam ser rapidamente melhorados. Muito êxito!